quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Pontos de ônibus mais estranhos do mundo...

Pontos de ônibus mais estranhos do mundo...


GAGRA (REGIÃO DISPUTADA DE ABECÁSIA)
O fotógrafo canadense Christopher Herwig passou quase 15 anos documentando os extraordinários pontos de ônibus da antiga União Soviética. Este, na região disputada de Abecásia, é um de uma série de criações estranhas de Zurab Tsereteli, artista que se tornou presidente da Academia de Artes da Rússia.







PITSUNDA (REGIÃO DISPUTADA DE ABECÁSIA)


 Outra criação de Tsereteli. Herwig contatou o artista para perguntar sobre seus pontos – particularmente, porque eles tendiam a ir para longe de elementos funcionais como telhados. “Ele falou algo como: ‘Um telhado! Eu não me importo se há um telhado! Eu sou um artista’.”


CHARYN (CAZAQUISTÃO)
Tipicamente os que eu gosto de verdade estão localizados frequentemente no meio do nada, o que faz você pensar o porquê de haver um ponto de ônibus ali”, diz Herwig. “Às vezes, há apenas uma rua suja, mas nenhuma outra rua ou casas por perto.”

KARAKOL (CAZAQUISTÃO)


 No Cazaquistão havia um que não tinha mais nada por perto além de outro ponto de ônibus”, diz Herwig. “Ambos haviam sido repintados recentemente, então alguém se importava com eles.”
 

TARAZ (CAZAQUISTÃO)

 Os mesmos pontos remotos do Cazaquistão parecem ter uma função social também, explica Herwig. Ele diz que flagrou garrafas de cerveja vazias em um deles. “Alguém, de algum lugar, estava visitando e bebendo, o que é intrigante. Não há ninguém andando por lá, então talvez eles estivessem dirigindo e pensaram que fosse um bom lugar para uma pausa.”


SARATAK (ARMÊNIA)

 Herwig diz que muitos dos moradores locais que ele encontrava não entendiam seu projeto e, às vezes, o acusavam de debochar de seus pontos de ônibus.

 



SARATAK (ARMÊNIA)

 Muitas pessoas pensavam que os pontos de ônibus eram um pouco nojentos, porque alguns deles eram usados apenas para deixar lixo ou serviam como banheiro, mas a maioria deles está em boas condições”, diz Herwig. “Eu tentava explicar que meus motivos eram genuínos e que eu realmente achava que aqueles pontos de ônibus eram uma parte positiva, e até divertida, bonita e criativa da história.”
 

SHKLOV (UCRÂNIA)

 Quando viajei pela Ásia central especificamente para procurar estes pontos de ônibus – Armênia, Moldávia e Ucrânia – eu costumava pegar um ônibus para uma área em que eu pensava que haveria muitos pontos de ônibus legais”, conta Herwig. “Então, eu contratava um táxi por um dia ou por vários dias. Os motoristas sempre tinham o mesmo tipo de reação: ‘Por que você quer fazer isso?’.”
 



 HARADOK (BIELORÚSSIA)

 Ainda que o apogeu dos pontos de ônibus soviéticos pareça ter caído junto com as estruturas políticas antigas, Herwig diz que há pelo menos um designer, Armen Sardarov, que continua trabalhando na Bielorússia depois de uma carreira produzindo centenas de pontos de ônibus nas décadas de 1970 e 1980.
 




GALI (BIELORÚSSIA)

  
Eu o conheci em maio e ele continua trabalhando”, diz Herwig sobre o incansável designer Armen Sardarov. “Eu vi alguns de seus novos trabalhos e eles continuam divertidos, ainda que ele não tenha o dinheiro e o tempo para construir todos eles individualmente.Um deles, por exemplo, foi pintado por crianças de uma escola, o que é legal.”



REGIÃO EM DISPUTA DE ABECÁSIA 

Herwig diz que seus pontos favoritos são os que têm os designs mais bizarros. Muitos dos mais impressionantes ficam na região em disputa de Abecácia.


 YEREVAN (ARMÊNIA)


O mais legal sobre os pontos de ônibus é que eles parecem aleatórios, mas há definitivamente alguns temas”, diz Herwig.


SARATAK (ARMÊNIA)


Na Armênia, por exemplo, muitos dos pontos de ônibus são de concreto cru – como um estilo bruto de arquitetura”, adiciona Herwig. “Mas, ao mesmo tempo, são leves, com muitas coisas saindo deles. Tentaram ser criativos.”



KOOTSI (ESTÔNIA)
  
Na Estônia há muitos pontos feitos de madeira, bem mais simples”, diz Herwig. “Varia de país para país. Na Ucrânia, as diferenças estavam na maneira como eram decorados mais do que no formato.”


ARAL (CAZAQUISTÃO)
  
Herwig diz que os pontos de ônibus soviéticos davam a artistas e arquitetos raras oportunidades de se expressar e tentar coisas novas sem ter problemas com o regime político. “Eles queriam se divertir e alegrar a vida das pessoas, além de ter um espaço para experimentar. É muito difícil falhar em um ponto de ônibus.


 BESEDA (BIELORRÚSSIA)

 Herwig viajou por 14 países ou territórios e tirou mais de 8.000 fotografias de pelo menos 1.000 pontos de ônibus durante seu projeto. Isto incluiu Cazaquistão, Turquemenistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tajiquistão, Ucrânia, Moldávia, Armênia, Geórgia, Lituânia, Letônia, Estônia, Bielorrússia e a região em disputa de Abecásia.
 



 NIITSIKU (ESTÔNIA)
  
Herwig começou seu projeto em 2002, durante uma viagem de bicicleta de Londres a São Petersburgo, na Rússia. “Eu decidi criar algumas regras para me forçar a apreciar o cenário de maneira diferente, a olhar mais para itens do dia a dia em vez de apenas fotografar as coisas que eu esperaria ver na National Geographic.”


 KAUNAS (LITUÂNIA)

 Eu saía da minha bicicleta para fotografar coisas que eu normalmente não fotografaria – coisas como varais, fios elétricos, caixas de correio e pontos de ônibus”, diz Herwig. “Então, quando eu entrei na antiga União Soviética, vi que realmente valia a pena fotografar os pontos de ônibus.”

 
 SHYMKENT (CAZAQUISTÃO)
  

Em 2003, Herwig se mudou para o Cazaquistão com sua namorada (hoje esposa), que trabalhava na ONU. Eles ficaram lá por três anos. “Eu estava viajando pela Ásia Central, trabalhando em projetos fotográficos diferentes sobre a região, não especificamente sobre pontos de ônibus. Havia sempre algum outro trabalho. Eu acabei dirigindo muito pelas estradas principais da Ásia Central.”

 SLOBODKA (BIELORRÚSSIA)
  
Herwig começou a fotografar os pontos de ônibus usando uma câmera analógica. Depois, no Cazaquistão, ele usou uma câmera digital de 6 megapixels. Em viagens posteriores, usou uma Canon 5D.

  
ECHMIADZIN (ARMÊNIA)
  
Herwig diz que seu quase obsessivo interesse por pontos de ônibus soviéticos o levou a lugares para os quais ele não teria viajado de outra maneira. “Eu provavelmente não teria ido a Armênia, Bielorrúsia, Ucrânia, Moldávia ou à região de Abecásia”, diz ele



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